Recentemente,
os amigos do Facebook resolveram aderir a uma brincadeira muito válida e, na
minha opinião, divertida: listar os dez livros que, de algum modo, marcaram sua
vida. Em todas as postagens, as pessoas afirmam ser muito difícil escolher apenas
dez, já que cada bom livro lido acaba tendo um papel importantíssimo na vida de
um leitor apaixonado. Para mim, também foi complicado escolher, até porque, nos
últimos tempos, tenho lido um livro bom atrás do outro. Então, resolvi escrever
sobre aqueles livros que viverão para sempre no meu coração; aquelas obras que,
em diversas situações cotidianas, se fazem lembrar com seus personagens cativantes,
situações inesquecíveis e o estilo incomparável de seus autores. Nada que eu
escreva aqui fará jus a o que eu sinto por essas histórias - que eu já
considero minhas, por terem sido responsáveis pela minha paixão e dedicação à
literatura. Também me pareceu bem difícil explicar porque gosto tanto delas,
assim como é difícil para um ser humano explicar e entender a própria personalidade.
Só sei que algo aconteceu quando li esses livros, e algo novo acontece sempre
que os releio. Por isso os indico e espero que façam a diferença na vida de
outras pessoas.
O
Mundo de Sofia , de Jostein Gaarder
O estilo incomparável do autor me cativou desde o 1º
capítulo desse livro maravilhoso. O romance conta a história de Sofia que, às vésperas
de seu aniversário de 15 anos, começa a receber misteriosas cartas contendo
questionamentos e ensinamentos filosóficos e, apesar de ser classificado como
literatura infanto-juvenil, é indicado para seres humanos curiosos e
questionadores de todas as idades. Além de nos apresentar um pouco sobre os
principais filósofos e épocas que marcaram a história da filosofia, somos
envolvidos por uma história diferenciada e misteriosa que acabou por fazer de
Jostein Gaarder um dos meus autores favoritos.
Alice
no País das Maravilhas, de Lewis Carroll
A
personagem feminina mais curiosa e peculiar da história da literatura é apenas
uma criança. E não poderia ser diferente; o caráter questionador de Alice é
típico dessa fase da vida, e Lewis Carroll - pseudônimo do professor Charles Lutwidge Dodgson – a insere em
um mundo mágico e nonsense. Me
apaixonei e me identifiquei com a personalidade cativante da personagem
principal, dei risada das brincadeiras linguísticas presentes na obra, senti
arrepios em algumas passagens um tanto estranhas e me emocionei com personagens
tão melancólicos e de cunho filosófico. O principal motivo de eu amar Alice no País das Maravilhas? Eu queria
estar lá!
As
Luzes de Setembro, de Carlos
Ruiz Zafón
Perfeição define. Enredo diferente de
tudo o que eu já li, personagens complexos e bem desenvolvidos e o estilo ímpar
de Zafón definem essa obra prima da literatura contemporânea. Li no início
desse mês e ainda estou me perguntando como o autor conseguiu, em apenas 232
páginas, criar uma história tão completa. Eu, que não perco o sono nem com o mais
macabro filme de terror, fiquei extremamente perturbada por essa história
melancólica e, sim, sinistra. Se quiserem saber mais sobre o livro, leiam a
resenha que eu escrevi aqui.
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban,
de J. K. Rowling
Estou lendo o último livro dessa série
maravilhosa e já sinto que jamais conseguirei esquecê-la. A saga do bruxinho
mais querido e corajoso do mundo é um universo à parte, e Rowling escreve tão bem
que me fez acreditar que Hogwarts existe em algum lugar. Escolhi o 3º livro da
saga porque foi o que mais despertou emoções em mim: medo, tristeza,
felicidade, surpresa, raiva e esperança. Eu diria que obsessão também, pois li
super rápido... E nada jamais superará as minhas descobertas sobre Sirius Black
– um dos meus personagens favoritos da literatura.
A Menina que Roubava
Livros, de Markus Zusak
Comecei a ler. E parei. Comecei a ler
novamente. E, novamente, parei. Na terceira tentativa, eu persisti e acabei me
apaixonando pela história de Liesel Meminger, a menina que
roubava livros. O autor escreve maravilhosamente bem e de uma forma diferenciada,
e a história, que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, fez muitos
leitores chorarem. Histórias que mostram momentos tão terríveis da história nos
tocam de modo diferente, pois nos fazem sentir que uma pessoa foi realmente
capaz de fazer algo tão desumano com um igual. É uma obra cruel, triste e, ao mesmo
tempo, linda – e essa terceira característica se deve à capacidade de Liesel em
encontrar refúgio nas palavras em uma época tão difícil. O livro pode ser
cansativo no início, mas vale a pena continuar. Sem contar que, quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.
Clarissa, de Érico Veríssimo
Esse livro é tão lindo e simples e fica
difícil descrevê-lo. Clarissa é uma menina do interior que mora em Porto
Alegre, na pensão da tia, e é através do olhar dessa personagem que Érico Veríssimo – um dos meus autores favoritos –
nos mostra algumas características da sociedade da época. Adoro essa história, pois
Clarissa tem uma visão tão inocente e otimista da vida, enquanto Amaro –
hóspede da pensão e meu personagem favorito do livro – é o
oposto: um homem marcado pela solidão e desilusão. A antítese desses dois
personagens é o que mais enriquece a obra e faz com que esse livro seja o meu
favorito do autor.
É
tarde para saber, de Josué Guimarães
Eu adoro esse título e, por causa dele, fui atraída para o
livro, que nos mostra o romance de dois jovens adolescentes na época da
ditadura. A história é muito bem escrita e o final é maravilhoso. Difícil
escrever mais sobre esse livro... Me deixou emocionada ao final, fiquei
irritada e ao mesmo tempo satisfeita. Mas fico triste de pensar que coisas
assim realmente aconteceram durante o regime ditatorial.
Peter
Pan, de J. M. Barrie
É uma história tão rica e especial que
é impossível descrever. A magia e o poder da imaginação são coisas nas quais eu
sempre acreditei e esse livro me trouxe isso e muito mais. Chorei como uma
criança com o final que, na minha opinião, está entre os melhores da
literatura. É inevitável não se identificar com Peter Pan – o menino que não
queria crescer. Afinal, quem quer crescer?
O Pequeno Príncipe, de
Antoine de Saint-Exupéry
A sutiliza e a universalidade são
características que fazem dessa obra uma das mais amadas do mundo. Gosto dela
porque faz com que eu, com minhas ideias às vezes estranhas, me sinta especial.
E faz eu me sentir feliz por perceber que não sou gente grande. Não sei se isso
fez algum sentido. Enfim, como não amar um livro que te faz sentir especial, coisa
que poucas pessoas conseguem?
Caderno H, de Mario Quintana
Quando se trata da minha relação com a
literatura, não posso deixar de citar o meu poeta favorito, Mario Quintana. O
poemas dele, e principalmente os que aparecem nesse livro, me fizeram amar
poesia. A coletânea de frases e poemas dessa obra mescla de tal forma a simplicidade
com a complexidade, que me fazem rir e chorar ao mesmo tempo. E isso só Quintana
consegue fazer...
A menina que roubava livros é ótimo!!!!
ResponderExcluirPerfeito! Já viu o filme?
Se não viu... Veja!
Beijos
http://plantaoonline.blogspot.com.br/
Ainda não vi o filme, mas pretendo assistir em breve...
ExcluirO livro é maravilhoso mesmo, amo muito!
Beijos!
Boa lista, pequeno príncipe é lindo, HP sem comentários, e tem alguns ai que sou louca pra ler
ResponderExcluirbjs
O único que talvez você ache cansativo é "A Menina que Roubava Livros", mas é só início, depois melhora... É fantástico!
ExcluirBeijos!
Adorei a tua seleção de livros, principalmente pq na lista tem alguns dos meus queridinhos *-*
ResponderExcluirBeijos
http://www.confraria-cultural.com/